Compostagem doméstica: Conheça mais sobre essa prática sustentável
A compostagem doméstica se destaca como uma solução simples e eficaz para reduzir o lixo orgânico gerado em casa. A busca por práticas sustentáveis tem ganhado cada vez mais espaço no dia a dia das pessoas.
Transformar restos de alimentos em adubo rico em nutrientes diminui o impacto ambiental e promove um ciclo sustentável de reaproveitamento.
Você tem dúvidas sobre como funciona a compostagem, quais os seus benefícios para o meio ambiente e para o seu lar?
Neste texto, vamos explicar tudo o que você precisa saber para adotar a prática da compostagem doméstica e contribuir para um mundo mais verde.
O que é compostagem doméstica?
A compostagem doméstica é um processo natural de decomposição de resíduos orgânicos, como restos de alimentos e podas de plantas, que transforma esses materiais em um composto rico em nutrientes, conhecido como adubo.
Feita em casa, ela permite reaproveitar boa parte do lixo orgânico que seria descartado, reduzindo a quantidade de resíduos enviados aos aterros sanitários e contribuindo para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa.
Esse processo pode ser realizado em pequenos espaços, como varandas ou quintais, usando composteiras simples ou até mesmo minhocas, no caso da vermicompostagem.
Além de ser uma prática sustentável, a compostagem doméstica ajuda a criar um ciclo mais ecológico e beneficia hortas e jardins com um fertilizante natural e saudável.
Saiba como a compostagem doméstica funciona
A compostagem é um processo de decomposição natural, no qual micro-organismos, como fungos e bactérias, transformam matéria orgânica em húmus, um composto rico em nutrientes.
Para isso acontecer, é necessário um equilíbrio entre três elementos principais:
- Matéria orgânica úmida (ricos em nitrogênio): Restos de frutas, legumes, borra de café e outros resíduos frescos.
- Matéria orgânica seca (ricos em carbono): Folhas secas, serragem, papel não plastificado e palha.
- Oxigênio e umidade: São fundamentais para a ação dos micro-organismos e a manutenção de um ambiente saudável para a decomposição.
Entenda os principais benefícios dessa prática
A compostagem doméstica traz diversos benefícios que impactam positivamente o meio ambiente, a economia e até mesmo a qualidade de vida.
Cerca de 50% do lixo doméstico é composto por resíduos orgânicos. Com a compostagem, você evita que esses materiais sejam enviados a aterros sanitários, diminuindo a sobrecarga nesses locais.
O lixo orgânico em aterros libera metano, um gás altamente poluente. Ao compostar, você reduz a emissão desses gases, contribuindo para o combate às mudanças climáticas.
O húmus gerado pela compostagem é rico em nutrientes e pode ser utilizado para fertilizar plantas, hortas e jardins, substituindo os fertilizantes químicos.
Além de poupar com fertilizantes, a compostagem também pode reduzir os custos com sacos de lixo e taxas relacionadas à coleta de resíduos.
A prática incentiva um consumo mais consciente, aumentando a percepção sobre o ciclo de vida dos alimentos e a importância do reaproveitamento.
O composto produzido enriquece o solo, melhorando sua estrutura, retenção de água e fertilidade, o que beneficia plantas e cultivos.
O que colocar na compostagem doméstica?
Para garantir o sucesso da compostagem doméstica, é importante saber o que pode ou não ser incluído no processo.
Os materiais são divididos em duas categorias principais: os “verdes” (ricos em nitrogênio) e os “marrons” (ricos em carbono).
Equilíbrio entre eles é essencial para uma decomposição eficiente e sem odores desagradáveis. O que pode ser colocado:
- Restos de frutas e vegetais.
- Cascas de ovos (bem trituradas).
- Borra e filtro de café.
- Saquinhos de chá (sem grampo).
- Restos de ervas e cascas de batata.
- Folhas secas.
- Serragem (não tratada).
- Palha e galhos finos.
- Papelão e papel (não plastificados).
- Guardanapos usados (sem óleo).
Confira o que não deve ser colocado
Embora a compostagem seja um processo versátil, é importante saber quais materiais devem ser evitados para garantir que o composto final seja saudável, livre de odores e pragas.
- Restos de origem animal: carne, ossos, laticínios e gorduras (atraem insetos, roedores e causam mau cheiro).
- Alimentos gordurosos: resíduos muito oleosos ou com óleo de cozinha, pois dificultam a decomposição.
- Fezes de animais domésticos: podem conter agentes patogênicos prejudiciais à saúde.
- Plantas doentes: podem transmitir pragas e doenças para o composto e para o solo onde será utilizado.
- Madeiras tratadas ou envernizadas: contêm substâncias químicas tóxicas que podem contaminar o composto.
- Papel plastificado ou com tintas tóxicas: esses materiais não se decompõem corretamente.
Saiba como fazer a compostagem doméstica
A compostagem doméstica é uma forma prática e sustentável de reaproveitar resíduos orgânicos, transformando-os em um adubo rico em nutrientes.
O processo é simples e pode ser feito mesmo em pequenos espaços. Veja o passo a passo completo:
Separe as caixas e organize os conteúdos
Para começar, você precisará de um sistema de composteira, que pode ser comprado pronto ou montado em casa. Ele é geralmente composto por três caixas plásticas empilháveis:
- Caixas digestoras: as duas caixas superiores são responsáveis pela decomposição dos resíduos. Elas possuem pequenos furos no fundo, para permitir a passagem do chorume e a circulação de ar.
- Caixa coletora: a caixa inferior coleta o chorume, um líquido gerado pela decomposição, que pode ser diluído em água e usado como fertilizante natural.
Monte as caixas em local ventilado e, se possível, protegido do sol e da chuva.
Coloque restos orgânicos
Adicione os resíduos orgânicos à composteira, alternando entre materiais úmidos e secos para equilibrar os elementos necessários para a decomposição.
- Materiais úmidos: cascas de frutas e vegetais, borra de café, saquinhos de chá e cascas de ovos.
- Materiais secos: folhas secas, serragem, papelão e guardanapos usados (sem óleo).
Como citado, evite colocar restos de carne, gorduras ou alimentos temperados, porque eles podem atrair pragas e causar mau cheiro.
Espere os resíduos “descansarem”
Com os materiais devidamente acomodados, o processo de decomposição começa. Durante as próximas semanas, os micro-organismos e, em alguns casos, minhocas (no caso da vermicompostagem) irão transformar os resíduos em composto.
- Mexa os resíduos de tempos em tempos para garantir a aeração.
- Observe a umidade: o material deve estar úmido, mas não encharcado. Caso esteja seco, adicione mais resíduos úmidos, se estiver muito úmido, coloque materiais secos, como serragem ou folhas.
Faça a troca das caixas digestoras
Quando a primeira caixa digestora estiver cheia, passe para a segunda caixa.
Continue adicionando resíduos na nova caixa enquanto o material da primeira descansa e completa o processo de decomposição. Isso permite um ciclo contínuo de compostagem.
Retire o adubo
Após cerca de 60 dias, o conteúdo da primeira caixa estará pronto. O composto terá uma coloração escura, textura semelhante à terra e cheiro agradável de floresta.
Esse é o momento de retirá-lo e utilizá-lo como adubo em hortas, vasos de plantas e jardins.
Com essas etapas, você pode iniciar sua compostagem doméstica e transformar seu lixo orgânico em um recurso valioso.
Além de ajudar o meio ambiente, você ainda cria uma conexão com a natureza dentro da sua própria casa!
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